“TIRO NÃO O MATA, FOGO NÃO O QUEIMA, ÁGUA NÃO O AFOGA”: AS REFIGURAÇÕES DE MACOBEBA NO MODERNISMO BRASILEIRO

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Thayane Verçosa
Nabil Araújo

Resumo

Partindo das colunas assinadas por José Mathias no periódico A província, de abril a setembro de 1929, nas quais as peripécias e as atrocidades de Macobeba são narradas, pretendemos analisar, comparar e contrastar o modo como o monstro reaparece em diferentes contextos e obras do Modernismo brasileiro. Para tanto, o nosso corpus é composto também, em ordem cronológica, por “Macobeba” (1929), de Mário de Andrade; pelos textos “Macobeba pré-histórico” (1930) e “Macobeba antigo” (1930), de Graciliano Ramos; e pelo Manuscrito Holandês ou a peleja do caboclo Mitavaí com o Monstro Macobeba (1960), livro de Manuel Cavalcanti Proença. Desse modo, a partir do conceito de refiguração (REIS, 2018), buscaremos analisar como ocorrem as reelaborações monstro, atentando para os procedimentos retórico-estilísticos usados nas diferentes composições, e para o modo como elas dialogam, destacando eventuais aproximações e afastamentos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Verçosa, T., & Araújo, N. (2019). “TIRO NÃO O MATA, FOGO NÃO O QUEIMA, ÁGUA NÃO O AFOGA”: AS REFIGURAÇÕES DE MACOBEBA NO MODERNISMO BRASILEIRO. Abusões, 8(8). https://doi.org/10.12957/abusoes.2019.38728
Seção
Seres maravilhosos na ficção de todos os tempos
Biografia do Autor

Thayane Verçosa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Thayane Verçosa é Mestranda em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e bolsista da CAPES. Faz parte do grupo de pesquisa “Retorno à Poética: imagologia, referenciação, genericidade”, coordenado pelo professor Nabil Araújo.

Nabil Araújo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Nabil Araújo é graduado em Letras, mestre e doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor de Teoria da Literatura na graduação e na pós-graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Vice-Diretor e Coordenador de Licenciaturas do Instituto de Letras da UERJ. Líder do grupo de pesquisa interinstitucional “Retorno à Poética: imagologia, referenciação, genericidade”. É autor de O evento comparatista: da morte da literatura comparada ao nascimento da crítica (no prelo). Organizou A crítica literária e a função da teoria: reflexão em quatro tempos (2016) e Imagens em discurso: efeitos de real, efeitos de verdade (no prelo); coorganizou Variações sobre o romance (2016), Variações sobre o romance II (2018) e Imagens de Fausto: história, mito, literatura (2017). Pela sua tese, O evento comparatista: na história da crítica / no ensino de literatura, recebeu o Prêmio UFMG de Teses, em 2014, e o Prêmio ANPOLL de Teses, em 2016. Seu projeto “Ensino de literatura e desenvolvimento da competência crítica: uma ‘terceira via’ didático-pedagógica” foi premiado pela Fundação Carlos Chagas como a melhor experiência educativa inovadora realizada por docente de Licenciatura em 2014. Em 2015, foi contemplado com o Prêmio Docência Dedicada ao Ensino Anísio Teixeira, conferido pela Sub-Reitoria de Graduação da UERJ. Pesquisa e produção na área de Letras: Teoria da Literatura, História da Crítica, Ensino de Literatura.