ABALOS NO CORPO, A IMINÊNCIA DE UM MONSTRO? O CIBORGUE EM NEUROMANCER, DE WILLIAN GIBSON

Conteúdo do artigo principal

George Lima

Resumo

No presente artigo investigamos de que modo o corpo das personagens funciona como condição de existência dos espaços que são dados a ver na obra literária Neuromancer, escrita por Willian Gibson. Por outro lado, notamos que o status dos espaços depende do corpo, que, por sua vez, é determinado por esses espaços, os quais fazem com que a esse corpo sejam associadas instâncias que fogem ao que trivialmente chamamos de natural. Nesse “entre lugares” dos espaços, vemos a iminência fantástica do corpo ciborgue, convergindo matéria orgânica com o maquínico, e, dessa forma, configura-se o que parece ser uma espécie de monstruosidade. Para realizarmos essa leitura, utilizamos algumas noções postuladas por Michel Foucault (2013b) em torno da literatura enquanto ser de linguagem, e outras postuladas também por Foucault (2001) e por Jacques Derrida (1971) sobre a monstruosidade de acordo com o domínio jurídico-biológico.

Detalhes do artigo

Como Citar
Lima, G. (2019). ABALOS NO CORPO, A IMINÊNCIA DE UM MONSTRO? O CIBORGUE EM NEUROMANCER, DE WILLIAN GIBSON. Abusões, 8(8). https://doi.org/10.12957/abusoes.2019.38487
Seção
Seres maravilhosos na ficção de todos os tempos
Biografia do Autor

George Lima, Universidade Federal de Uberlândia

George Lima é Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários pela UFU. Possui Mestrado em Linguística pela UESB e Graduação em Letras pela UNEB. Atualmente é integrante do Grupo de Estudos sobre Epistemologia, Ética e Linguagem - UNEB e membro do PSINEMA - Corpo, Audiovisualidades e Psicanálise - UESB/USP.  Os assuntos de empenho e que constituem suas investigações giram em torno de problematizações que envolvem semiose, discurso, literatura e videogame.