Sexualidad, Salud y Sociedad

REVISTA LATINOAMERICANA


ISSN 1984-6487 / www.sexualidadsaludysociedad.org


Nº 4 (2010)



Editorial


Com o presente número de Sexualidade, Saúde e Sociedade, comemoramos o primeiro ano de vida da Revista que, ao longo desses últimos 12 meses, divulgou 29 artigos e 7 resenhas, oferecendo a especialistas, estudantes, ativistas e formuladores de políticas públicas a reflexão de 52 pesquisadores e pesquisadoras. Com formação diversificada (Antropologia, Sociologia, Ciência Política, Saúde Coletiva, Comunicação, Demografia, Direito, Filosofia, Psicologia Social e História), alguns têm longa trajetória no campo, outros apenas iniciam suas carreiras. E, de diferentes ângulos e com diferentes metodologias, seus artigos ocupam-se da realidade de um número significativo de países da região (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai), abordando vários dos temas privilegiados pela Revista.

Revisitando os sumários desses quatro primeiros números, consideramos que a Sexualidade, Saúde e Sociedade tem cumprido seu principal objetivo, que é o de ser um espaço aberto à interseção de preocupações, perspectivas e abordagens plurais sobre a sexualidade na América Latina. Essa interseção não ocorreu apenas no conjunto de artigos publicados em cada número, mas no interior deles, onde sexualidades aparecem sob a luz das mais diferentes dimensões da vida social: direitos, saúde, parentesco, relações intergeracionais, políticas públicas, religião e moralidades, movimentos sociais, sociabilidades, mercado. A tais artigos, somam-se ainda aqueles dedicados a refletir sobre as perspectivas a partir das quais a articulação entre sexualidade/corpo/gênero vem sendo abordada entre nós e sobre os métodos de pesquisa nesse campo.

O presente número mantém, em linhas gerais, tais características. Nele, junto a temas relativamente novos, como sexo virtual, crossdressing, clubes de sexo masculino ou doenças sexualmente transmissíveis entre “mulheres que fazem sexo com mulheres”, aparece a retomada de antigos debates sob uma nova luz, como é o caso dos textos sobre as políticas públicas relativas à violência conjugal no Peru, a sexualidade juvenil no Nordeste brasileiro, ou a (homo)sexualidade nas prisões uruguaias da última ditadura. Destacamos ainda as duas excelentes resenhas deste número. Seguindo o critério geral que tem orientado a seleção dos trabalhos a serem resenhados, elas não apenas descrevem duas produções recentes e importantes no campo, mas abrem “janelas” para que possamos pensar o lugar da reflexão latino-americana em um horizonte mais amplo.

Lembramos, finalmente, que nesse primeiro ano de trabalho colaboraram com a Revista mais de 160 pessoas – entre autores, editores, conselheiros editoriais, pareceristas e designers. Agradecemos aqui publicamente a todos e a todas que se somaram a esse esforço coletivo. Esperamos que a Revista continue sendo, como se propôs em seu primeiro número, meio de divulgação de um conhecimento que seja simultaneamente sólido, do ponto de vista acadêmico, e relevante, do ponto de vista social e político.