A crítica de Eugen Fink à fenomenologia de Husserl e sua reproposição a partir do conceito de experiência ontológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2022.70473

Palavras-chave:

fenomenologia, ontologia do devir, especulativo

Resumo

Partindo da consideração de duas obras “inexistentes” – uma perdida durante a Segunda Guerra, a outra nunca sistematicamente escrita –, o presente artigo tem a intenção de propor um fio condutor capaz de conectar a crítica que Fink dirige à fenomenologia husserliana e os desenvolvimentos posteriores de sua própria filosofia fenomenológica. A tese fundamental é a de que a obra de Fink posterior a 1946 tematiza e tenta responder às limitações da fenomenologia husserliana que ele identificara desde os primeiros escritos e o trabalho conjunto com Husserl. Materiais inéditos revelam o empenho de Fink (até por volta de 1940, quando a situação da guerra impediu que ele continuasse a trabalhar) de formular uma crítica sistemática à fenomenologia, e nos permitem, assim, encontrar o elo textual até então desconhecido entre a crítica a Husserl e sua filosofia posterior. O objetivo do artigo é, portanto, argumentar que a obra tardia de Fink permaneceu comprometida com um projeto fenomenológico, muito embora partindo de uma nova concepção de fenomenologia.

Biografia do Autor

Anna Luiza Coli, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutora em filosofia pelas univeridades Bergische Universität Wuppertal e Charles University Prague, é atualmente pesquisadora de pós-doutorado do Programa de pós-graduação em filosofia da UEL (Universidade Estadual de Londrina).

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Publicado

2023-05-22

Como Citar

Coli, A. L. (2023). A crítica de Eugen Fink à fenomenologia de Husserl e sua reproposição a partir do conceito de experiência ontológica. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 11(2), 96–117. https://doi.org/10.12957/ek.2022.70473