A fenomenologia dos sentimentos de Max Scheler na indicação da constituição do “humano total” (Allmensch)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2022.69912

Palavras-chave:

Max Scheler, humano total, fenomenologia dos sentimentos, antropologia filosófica

Resumo

Em foco está a exposição dos sentimentos, operada fenomenologicamente por Max Scheler, sendo tarefa mostrar como essa pode indicar o conceito de “humano total”. Objetivamos evidenciar que o filósofo compreende que o espírito humano se enraíza não só no racional, como na concepção tradicional de animal racionale, mas também em sua realidade emocional. Face a isso, nos ocuparemos de apresentar a maneira com a qual Scheler pensa sentimentos como a simpatia, o amor (e o ódio), a ordem a priori de valores atrelada ao amor, bem como o arrependimento. Após essa etapa preparatória, buscaremos indicar que o filósofo lança mão de uma compreensão de humano mais ampla, formulada face à ideia de um ens amans. Assim, podemos indicar mais claramente o que Max Scheler chamará de Allmensch, cumprindo o objetivo de  mostrar como a fenomenologia dos sentimentos de Scheler poderiam indicar visão ampla do humano. A hipótese é a de que o filósofo compreende o humano em vista de um processo de conciliação de forças vitais rumo à consciência e sentimentos elevados numa hierarquia valorativa. Ali, o amor exerceria papel totalizador do humano, permeado pela força motriz cósmica do fundamento do mundo, o que indicaria o ideal de um “humano total”.

Biografia do Autor

Roberto Saraiva Kahlmeyer-Mertens, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Doutor em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj; atualmente é Professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, na qual leciona e orienta dissertações e teses para o Programa de Pós-Graduação em Filosofia (Mestrado e Doutorado). Professor colaborador do Mestrado em Filosofia da Universidade Estadual de Maringá – UEM. Membro associado da Sociedad Iberoamericana de Estudios Heideggerianos – SIEH, Sócio efetivo da Associação Portuguesa de Filosofia Fenomenológica – AFFEN, Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Fenomenologia – SBF, dedica-se aos estudos de Heidegger desde o ano de 1995, assinando capítulos em coletâneas, além de inúmeros artigos publicados em revistas periódicas nacionais e internacionais. Entre seus principais livros estão: Linguagem e método (FGV, 2007); Heidegger & a educação (Autêntica, 2008); 10 Lições sobre Heidegger (Vozes, 2015) e 10 Lições sobre Gadamer (Vozes, 2017). É Editor-Chefe e Fundador da AORISTO - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics. Líder do Grupo de Pesquisa Fenomenologia, hermenêutica e metafísica.

Willian Carlos Kuhn, Instituto Federal do Mato Grosso - IFMT

Mestre e doutorando pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, Professor do Instituto Federal do Mato Grosso - IFMT.  willianckuhn@gmail.com

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Publicado

2023-05-22

Como Citar

Kahlmeyer-Mertens, R. S., & Kuhn, W. C. (2023). A fenomenologia dos sentimentos de Max Scheler na indicação da constituição do “humano total” (Allmensch). Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 11(2), 146–168. https://doi.org/10.12957/ek.2022.69912