A posição de Husserl no debate sobre a relação entre a Psicologia e a Lógica: O lugar da experiência em Prolegômenos
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2013.5999Resumo
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2013.5999
O presente artigo aborda o lugar reservado à experiência em “Prolegômenos à Lógica Pura” (1900). Apresenta a controvérsia entre psicologistas e adeptos de uma lógica “formal”. Os primeiros tomam os processos psicológicos para a fundamentação da lógica, ao passo que os últimos concentram-se unicamente em estruturas meramente formais. O artigo mostra que Husserl não incorre nem em um empirismo psicologista, nem concorda inteiramente com o modo como os argumentos dos lógicos são apresentados. Husserl se depara com duas tarefas principais: 1) afirmar uma dualidade entre o ideal e o real; 2) pensar a relação entre o ato de pensar e o conteúdo lógico do pensamento. É esta última tarefa que exigirá de Husserl uma posição específica quanto ao lugar reservado à experiência.