O Dasein da sexualidade: Uma apropriação da analítica existencial heideggeriana

Autores

  • Fabíola Menezes Araújo

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2014.5751

Resumo

DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2014.5751

Lacan formula o conceito de Dasein da sexualidade a partir da tematização do caso Dora. No mesmo ano em que Jean Beaufret entra em análise com ele, o psicanalista francês realiza uma intervenção onde expõe a seguinte tese: de que no devir do ente humano há uma preponderância da sexualidade. Essa preponderância ressoa nos modos como cada ordenação simbólica se constitui, e isso dialeticamente, no sentido de ativar o recalcado. Conceito caro à clínica psicanalítica desde o seu nascimento, o recalcado se orienta a partir da oportunidade do ver e do fazer ver a participação de acontecimentos repetitivos na constituição da ordenação simbólica que constitui a história de cada paciente. Esses acontecimentos, que por se repetir são abordados pela via do retorno do recalcado, são tratados por Lacan como indícios de que o Dasein que somos se orienta antes de tudo por acontecimentos que se repetem e a respeito dos quais pouco se sabe. Discutimos essa proposta enquanto apropriação da analítica existencial heideggeriana também junto à noção de derrelição.

Biografia do Autor

Fabíola Menezes Araújo

Doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ) possui licenciatura em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005) e mestrado em Filosofia pela mesma Universidade. Foi professora de Filosofia dos Colégios do Estado e do Pedro II. Escreveu o livro Vestes, publicado em 2011.

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Publicado

2014-12-31

Como Citar

Araújo, F. M. (2014). O Dasein da sexualidade: Uma apropriação da analítica existencial heideggeriana. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 3(2), 37–55. https://doi.org/10.12957/ek.2014.5751