Estudo fenomenológico sobre o tempo: a leitura de Heidegger sobre Aristóteles e Agostinho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2021.49555

Palavras-chave:

Tempo, Temporalidade, Agora, Ser-aí, Ekstático

Resumo

O presente texto tem como principal objetivo analisar como Heidegger interpreta e avalia a noção de tempo nas obras de Aristóteles e Agostinho. Veremos, portanto, que Aristóteles considera o tempo como aquilo que surge junto ao movimento, ou seja, que surge exteriormente ao sujeito e assim pode ser observado. Agostinho por outro lado, corta o fio condutor da compreensão do tempo a partir dos fenômenos fora do observador, e aponta que o tempo é inerente à existência humana. Destare, Heidegger apresenta a noção de tempo em Aristóteles como pré-científica, enquanto a visão de Agostinho se aproxima com maior acuidade de uma visada fenomenológica. Com efeito, ao apresentarmos e analisarmos o debate sobre o tempo nos referidos autores, possuímos como pano de fundo a gênese e a evolução do estudo sobre o tema nos primeiros anos de carreira de Heidegger (nomeadamente o período de Freiburg no início da década de 1920), apontando mesmo que de antevisão o caminho percorrido pelo filósofo até chegar à noção de temporalidade do ser-aí apresentada e profundamente debatida em sua obra capital, Ser e Tempo.

Biografia do Autor

André de Sousa Silva, Universidade do Porto

Doutorando em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto

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Publicado

2021-03-11

Como Citar

Silva, A. de S. (2021). Estudo fenomenológico sobre o tempo: a leitura de Heidegger sobre Aristóteles e Agostinho. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 10(1), 67–84. https://doi.org/10.12957/ek.2021.49555