Entre dois modos de ser da linguagem: o homem da modernidade de Foucault

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2020.49343

Palavras-chave:

Homem, modernidade, Foucault, representação, finitude

Resumo

Um comentário sobre o desenvolvimento do conceito de homem conforme a articulação elaborada por Michel Foucault em “As Palavras e as Coisas”. Tal conceito encontra suas condições de possibilidade nas transformações de ordem epistemológica e ontológica às quais a linguagem foi submetida, e que levaram à transição do paradigma classificatório e da mathêsis do classicismo para o paradigma da modernidade por volta do fim do século XVIII. A relação do homem com a finitude é determinante do modus operandi moderno de produção de saber sobre o mundo e sobre si, em particular no tangente à produção específica das ciências humanas como a biologia, a filologia e a economia. O autor indica que a diretriz intencional do saber moderno, e, por conseguinte, do homem moderno, é ainda no sentido de uma mesmificação daquilo que é Outro e, por isso mesmo, fonte de angústia. Esta tarefa é engendrada na modernidade sob um modo próprio que a distingue da apreensão representacional clássica. Ao mesmo tempo em que lhe confere uma definição, a própria condição de finitude do homem sinaliza um limite e prenuncia sua superação como conceito, na medida em que emergem as condições de possibilidade para uma nova disposição da linguagem ainda no porvir.

Biografia do Autor

Fabio Henrique Medeiros Bogo, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina

Psicólogo - CRP 12/10252

Docente em IELUSC - Joinville. 

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Publicado

2020-10-31

Como Citar

Bogo, F. H. M. (2020). Entre dois modos de ser da linguagem: o homem da modernidade de Foucault. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 9(2), 102–125. https://doi.org/10.12957/ek.2020.49343