Escavações para lidar com as ruínas e os soterramentos decorrentes do trauma colonial
Resumo
Este ensaio problematiza as relações entre ontologia e corpo, considerando que a invenção de ambos se articula por meio do racismo, do eurocentrismo, do capitalismo e da colonialidade. As práticas sustentadas a partir de tais relações vêm atuando de maneira brutal nos corpos definidos como “Outros” e se converteram no eixo organizador da topologia central implicada na categorização da vida. Tal movimento opera por meio de dispositivos ligados às práticas de marcação, exclusão e violência cujos efeitos têm gerado soterramentos contínuos de povos, culturas e práticas. Trabalhar as compreensões de si elaborando os efeitos conscientes e inconscientes de tais marcações pode colaborar para a construção de cosmopercepções advindas de movimentos capazes de acessar as experiências soterradas e ativá-las como guiança.
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.12957/ek.2019.48543
ISSN - 2316-4786 (on-line)
Programa de Pós-Graduação em Filosofia | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas | Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rua São Francisco Xavier, 524, Pavilhão - João Lyra Filho, 9 andar, Bloco F, sala 9037, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ - Cep: 20550-013