Da margem no centro: deslocamentos do sujeito no feminismo

Autores

  • Fernanda Alt

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2019.48370

Resumo

Este artigo aborda a questão do sujeito no feminismo por uma perspectiva fenomenológica do espaço no intuito de compreender as divisões sociais como lugares a serem habitados por determinados sujeitos. A partir de uma posição de Gayatri Spivak sobre o que ela entende como movimento centralizador, pretende-se entender de que modo aquilo que é produzido como margem, ao deslocar-se para que é estabelecido como central, quebra a pretensa neutralidade e universalidade deste centro, desestabilizando, ao mesmo tempo, a própria divisão. Assim, o “autocentramento” do sujeito universal é aqui analisado como um um lugar produzido e sustentado pelo movimento centralizador - com destaque na sua legitimação pela linguagem -, como aquilo que produz exclusão colocando como “outro”, “diferente” ou mesmo “não existente” tudo o que é por ele conduzido à margem. Desta forma, as experiências de deslocamentos aparecem como possibilidade de, mais do que inverter o dualismo margem/centro, subvertê-lo de modo a desnaturalizá-lo e assim combater tais tipos de exclusão abrindo espaços para outras formas de habitar o mundo.

Biografia do Autor

Fernanda Alt

Pós-Doutoranda UFSCar (FAPESP 2017/24307-9).  Dra. em Filosofia pela UERJ e Paris 1 Panthéon-Sorbonne.

Downloads

Publicado

2020-05-18

Como Citar

Alt, F. (2020). Da margem no centro: deslocamentos do sujeito no feminismo. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 8(2), 36–50. https://doi.org/10.12957/ek.2019.48370

Edição

Seção

Dossiê