Fenomenologia de Eros e de Afrodite em Safo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2019.46756

Resumo

Safo tece palavras que nascem como sinais enviados pelos deuses: é por permitir a tecitura de Afrodite (Ἀφροδίτα), tecelã de ardis (δολόπλοκε), que o Deus Eros é desejado e invocado constantemente em suas canções. Evocando-os a poeta vai contra o senso-comum grego, para quem estes deuses poderiam trazer apenas destruição, e nos permite pensar a superação da metafísica por um retorno à Grécia diferente do levado a cabo até hoje pela retórica de pensadores brancos. Aqui terá palavra uma mulher possivelmente negra. Não se furtará a extraordinária poeta a falar da morte (tanatos) que surge em meio à totalidade (panta), como advindas de um Deus, o amor, como quem, ao se realizar, realiza também a forma (eidos) e a justiça (dike) divinas. 

 

Palavras-chave: Afrodite; Eros, Safo, morte, totalidade.


Biografia do Autor

Fabíola Menezes Araújo, Doutoranda Puc- Rio

Doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ) possui licenciatura em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005) e mestrado em Filosofia pela mesma Universidade. Foi professora de Filosofia dos Colégios do Estado e do Pedro II. Escreveu o livro Vestes, publicado em 2011.

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Publicado

2020-05-18

Como Citar

Araújo, F. M. (2020). Fenomenologia de Eros e de Afrodite em Safo. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 8(2), 91–111. https://doi.org/10.12957/ek.2019.46756

Edição

Seção

Dossiê