Fenomenologia de Eros e de Afrodite em Safo
Resumo
Safo tece palavras que nascem como sinais enviados pelos deuses: é por permitir a tecitura de Afrodite (Ἀφροδίτα), tecelã de ardis (δολόπλοκε), que o Deus Eros é desejado e invocado constantemente em suas canções. Evocando-os a poeta vai contra o senso-comum grego, para quem estes deuses poderiam trazer apenas destruição, e nos permite pensar a superação da metafísica por um retorno à Grécia diferente do levado a cabo até hoje pela retórica de pensadores brancos. Aqui terá palavra uma mulher possivelmente negra. Não se furtará a extraordinária poeta a falar da morte (tanatos) que surge em meio à totalidade (panta), como advindas de um Deus, o amor, como quem, ao se realizar, realiza também a forma (eidos) e a justiça (dike) divinas.
Palavras-chave: Afrodite; Eros, Safo, morte, totalidade.
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/ek.2019.46756
ISSN - 2316-4786 (on-line)
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