CONSCIÊNCIA EGOLÓGICA E ICHLOSEN SUBJEKTIVITÄT EM EDMUND HUSSERL

Autores

  • Carlos Morujão

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2012.3982

Resumo

DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2012.3982

O presente ensaio propõe-se investigar um aspeto particular da teoria fenomenológica da consciência, tal como foi formulada por Edmund Husserl. Husserl defende que os princípios que fundam as ciências se encontram todos na consciência pura. Tentou-se, por isso, em primeiro lugar, perceber o que entende Husserl por consciência, antes de mais nas Investigações Lógicas, ou seja, antes da chamada «viragem transcendental», de seguida nas lições de Göttingen de Introdução à Lógica e à Teoria do Conhecimento, contemporâneas dessa viragem e testemunho público dela, por fim, em Ideias I e Ideias II, onde ela se encontra já realizada. Um segundo núcleo de problemas diz respeito à necessidade de introduzir um Eu puro, ou seja, um polo de identidade, na atividade da consciência, ou se, pelo contrário, todo o Eu será apenas de carácter empírico. O ensaio procura averiguar as resistências de Husserl relativamente à admissibilidade de um Eu puro antes da «viragem transcendental», por meio de uma compreensão da noção de imanência intencional como solução para a resolução do problema da constituição da objetividade. Um terceiro núcleo de problemas, embora abordado com maior brevidade, diz respeito à própria noção fenomenológica de transcendental, com tudo o que a aproxima e distingue da tematização kantiana do «Eu penso».

Biografia do Autor

Carlos Morujão

Professor na secção de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa.

Licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 1980.

Mestrado em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1991. Doutoramento em Filosofia, na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, em 2002.

Assistente da Faculdade de Ciências Humanas da UCP de 1993 a 2003; Professor Associado da Faculdade de Ciências Humanas da UCP; Especialista na área do pensamento kantiano, do Idealismo alemão (particularmente Fichte e Schelling) e da Fenomenologia (em especial, a de Edmund Husserl); Coordenador da Área Científica de Filosofia da FCH da UCP, desde Junho de 2008. Vários artigos publicados sobre temas do Idealismo Alemão e da Fenomenologia de Husserl.

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Publicado

2012-12-11

Como Citar

Morujão, C. (2012). CONSCIÊNCIA EGOLÓGICA E ICHLOSEN SUBJEKTIVITÄT EM EDMUND HUSSERL. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 1(2), 90–114. https://doi.org/10.12957/ek.2012.3982