A Verdade como fundamento abissal em Heidegger

Autores

  • Ana Cristina Reis Cunha Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2018.34035

Resumo

É colossal o empreendimento de Heidegger, pensar o ser no seu ser, reeditando o radicalismo de uma atitude questionadora e pensante esquecida. Indagar o insondável é próprio do homem e disso são exemplo os pensadores matinais que este autor revisitou ao procurar as primeiras tentativas de exegese do ser. Heidegger desafia-nos a perguntar pelo que não aparece, tendo presente o conhecido fragmento de Heraclito: «A φύσις gosta de se ocultar».

Em Heidegger, a verdade é fundamento abissal. Para melhor o entender este complexo pensamento heideggeriano é crucial analisar como interpreta o autor a temática do ser e da verdade, bem como a verdade como doação e retração e, finalmente, a verdade como sem-fundo, fundamento sem fundamento, fundamento abissal. A verdade do ser é a essência da verdade. A verdade como fundamento abissal indicia, com a sua aura de inefabilidade, de inescrutabilidade, o excesso ontológico, o mistério do ser.

Biografia do Autor

Ana Cristina Reis Cunha, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Doutoranda em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Colaboradora no Centro de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa.

Fez a parte curricular do Mestrado em Filosofia na Universidade Católica Portuguesa, onde frequentou também o Mestrado Integrado em Teologia.

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Publicado

2018-11-28

Como Citar

Reis Cunha, A. C. (2018). A Verdade como fundamento abissal em Heidegger. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 7(1), 134–151. https://doi.org/10.12957/ek.2018.34035