A Purificação Husserliana da Imagem no Curso “Fantasia e Consciência de Imagem”

Autores

  • Thiago Pignata Carezzato Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2017.28248

Resumo

DOI:10.12957/ek.2017.28248

O presente artigo busca verificar, nas páginas do curso “Fantasia e Consciência de Imagem”, a justeza de um diagnóstico bastante difundido acerca da imaginação em Husserl, segundo o qual ela não ocuparia senão um lugar inferior na hierarquia intencional. Defenderemos que é a adoção de um ponto de vista que não discrimina os tipos de imagem que dá respaldo ao suposto primado da percepção husserliano. Contudo, o modelo unitário de análise não é o único e se revela insuficiente para dar conta das caracterizações imaginativas. Isto é particularmente notável na representação de fantasia que, diferente da imaginação por representante físico, não está fundada na percepção. Pretendemos então mostrar, seguindo a via discriminativa, como a imagem da fantasia progressivamente é purificada de toda relação com a consciência figurativa e com o modelo perceptivo até ser anunciada por Husserl como uma “pura consciência de presentificação” tão última quanto a presentação perceptiva.

Biografia do Autor

Thiago Pignata Carezzato, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo

Mestrando em Filosofia Contemporânea pelo Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP)

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Publicado

2017-08-31

Como Citar

Carezzato, T. P. (2017). A Purificação Husserliana da Imagem no Curso “Fantasia e Consciência de Imagem”. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 6(1), 163–182. https://doi.org/10.12957/ek.2017.28248