O Fenômeno do Brilho
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2015.17613Resumo
DOI: 10.12957/ek.2015.17613
O artigo desenvolve uma compreensão do fenômeno do brilho que combina aspectos sociais, bem como estéticos. Primeiramente, o autor chama a atenção para o uso da expressão 'brilho' em All things shining, de Hubert Dreyfus e Sean Kelly. Dreyfus/Kelly não fornecem uma definição da expressão, mas eles situam o fenômeno do brilho na esfera social das práticas humanas. O artigo mostra como essa consideração pragmática é amplamente orientada pela filosofia da arte de Heidegger. Mesmo que o brilho pareça ser um tópico marginal no ensaio de Heidegger A Origem da Obra de Arte, ele se revela como essencial para o conceito heideggeriano de beleza. Na obra tardia de Heidegger sobre arte e poesia, isso se torna ainda mais evidente: o brilho aparece como presença intensificada e materialidade da obra de arte. É possível desenvolver, a partir do texto de Heidegger, uma consideração fenomenológica do brilho que saliente as qualidades sensíveis das obras de arte. Enquanto Heidegger questiona a possibilidade da arte nos tempos atuais, o autor defende (em acordo com Dreyfus e Kelly) sua atualidade contínua através da história.
Tradução de Gabriel Lago de S. Barroso