A “modernidade” e as representações campo x cidade: paradigmas e paradoxos para (re)pensar o Maranhão Contemporâneo

Autores

  • Josiane Cristina Cardoso da Silva Universidade Federal do Maranhão

Palavras-chave:

Modernidade, Campo X Cidade, Comunidades Quilombolas, Maranhão Contemporâneo.

Resumo

Este artigo busca analisar as representações campo X cidade no Brasil, relacionando-as com o paradigma da “modernidade”, que buscou, desde a metade do século XVIII – quando de sua origem – uma ruptura com o passado e a tradição, relacionando-se, a partir dos séculos XIX e XX, com a questão do progresso e do desenvolvimento. Neste paradigma, o campo é associado ao lugar do passado, do antigo e da tradição e a cidade é associada ao desenvolvimento e à industrialização, sendo o lócus privilegiado da “modernidade”. Nesse sentido, indaga-se como tal questão é percebida no contexto maranhense, ou seja, como o discurso da “modernidade” se instaura no Maranhão, Estado eminentemente rural em termos de produção econômica. Dessa forma, observa-se um conflito entre a expansão do agronegócio, por um lado, e por outro, o grande número de comunidades quilombolas existentes no Estado, “tradicionais” por definição, o que evidencia os paradoxos da “modernidade” na construção do Maranhão contemporâneo. 

Biografia do Autor

Josiane Cristina Cardoso da Silva, Universidade Federal do Maranhão

Assistente Social, mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Maranhão. Atua nos seguintes temas: políticas públicas e estado multicultural; (etno)pobreza e comunidades quilombolas.

Publicado

2014-01-17

Edição

Seção

Artigos