A CIDADE COMO ESPAÇO PERMANENTE DE DISPUTA
DOI:
https://doi.org/10.12957/geouerj.2024.87629Palavras-chave:
centros tradicionais; novas centralidades; fronteira urbana.Resumo
O texto parte do pressuposto que os centros tradicionais das cidades brasileiras foram espaços estratégicos de reprodução do capitalismo financeiro. O processo de urbanização acelerado por que passou o país, além de promover a transferência populacional da área rural para a urbana, concentrou boa parte destes fluxos migratórios em poucos territórios. Nas cidades e principalmente, nas regiões metropolitanas, desencadeou-se um padrão de urbanização calcado na reprodução permanente de eixos de expansão horizontal. Essa expansão toma corpo a partir dos anos cinquenta e se acentua até os anos oitenta do século XX. Este modelo de desenvolvimento urbano ficou marcado pela expansão da fronteira urbana, impulsionado pelo planejamento econômico e territorial e, particularmente pelas políticas de financiamento e produção habitacional e de infraestruturas, principalmente sistemas de circulação e de saneamento. Do ponto de vista da produção habitacional, a disponibilidade de crédito a juros subsidiados voltado sempre para a produção de imóveis novos, permitiu à classe média das grandes cidades constituir novos bairros e novas centralidades na cidade gerando, além da expansão horizontal, o paulatino esvaziamento dos centros tradicionais.
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