A CIDADE É O MONSTRO QUE VOS FALA:
– “Eu sou a indústria da propriedade. Eu sou a produção do corpo!”.
DOI:
https://doi.org/10.12957/geouerj.2024.83492Palavras-chave:
propriedade; produção do valor; reprodução social; produção do corpo.Resumo
Este artigo pretende discutir a produção da propriedade a partir da disputa pelo espaço. Uma relação que busca inverter a ênfase apresentada no enunciado do presente dossiê, a de “como a propriedade, o aluguel e a renda da terra afetam o habitar urbano”. Essa “inversão”, contudo, não nega a totalidade da relação exposta, mas busca iluminar “como o habitar urbano”, atravessado por disputas, “afeta a propriedade, o aluguel e a renda”. Entendendo a “propriedade” como um momento da produção do valor e da reprodução social, sobretudo sob a forma de renda. E formulando a questão através de sua filiação aos últimos capítulos d’O Capital e a proposta da “fórmula trinitária” de Marx, a partir da qual se estabelece a contradição entre “produção do corpo”, “produção do espaço” e “produção do valor”. O corpo aparece como um momento do trabalho (produtivo, reprodutivo, improdutivo), o espaço como um momento da terra, corpo e espaço podendo ser compreendidos como dadivas gratuitas, sendo o primeiro da natureza humana e o segundo como natureza, e o valor como combinação de processos e de relações de produção e de propriedade sob capital. Uma relação trinitária que tem uma historicidade, metamorfoseando-se na emergência da industrialização e da urbanização massivas e que se reestrutura no capitalismo contemporâneo, sob dominância da financeirização da economia e das relações sociais, práxis dominada pela emergência do neoliberalismo.
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