ASPECTOS RELACIONADOS ÀS TAXAS DE MOBILIDADE DA LINHA DE COSTA NO LITORAL BRASILEIRO.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74504

Palavras-chave:

Geografia Marinha, Erosão Costeira, Mobilidade da linha de costa, usos e atividades na zona costeira

Resumo

Os ecossistemas costeiros são reconhecidos como complexos e sensíveis e são também singulares em razão das influências mútuas de processos marinhos e continentais, além de ações sociais que os impactam. A linha de costa, seja de forma natural ou potencializada pela ação humana, apresenta movimentos periódicos de avanço e de recuo, o que pode representar riscos para os ecossistemas e áreas urbanas adjacentes. Este trabalho apresenta resultados sobre as taxas de mobilidade da linha de costa na escala nacional e algumas correlações possíveis com padrões de uso e ocupação nos municípios defrontantes com o mar. Detectou-se o perfil majoritariamente rural (87%) do litoral brasileiro onde a vegetação florestal é a cobertura predominante. A erosão costeira ocorre em 32% do litoral brasileiro com taxas que variam de fracas (7,4%) a extremas (11,2%) com expressivas discrepâncias regionais. As áreas onde há tendência à erosão costeira em áreas urbanizadas ou áreas com algum tipo de ocupação são localizadas em cerca de 10% do litoral brasileiro, mas não menos relevantes uma vez que há uma concentração populacional relevante neste recorte. A boa notícia é que o foco das análises de erosão costeira visando a mitigação dos seus impactos pode ser concentrado nas áreas ocupadas e com maiores riscos e, a nível federal, considera-se necessário aprofundar diagnósticos com métodos unificados, prognósticos frente às mudanças climáticas e elaborar planos setoriais de mitigação considerando as particularidades de cada região litorânea, estabelecendo ainda critérios para o licenciamento ambiental de empreendimentos que afetem a estabilidade da linha de costa.

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Biografia do Autor

Mayra Barros da Silva, Universidade Federal Fluminense- UFF

Mestranda em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF- Campos dos Goytacazes), Licenciatura em Geografia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - IF Fluminense.(2019), Bacharel em Comunicação Social com especialização em Jornalismo pelo Centro Universitário Fluminense- UNIFLU (2007). Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ (2021) Atualmente pesquisadora do laboratório de "GeoCosteira" - Unidade de Estudos Costeiros (2021)- http://geocosteira.uff.br/, com ênfase em Erosão Costeira no litoral brasileiro. Pesquisadora Voluntária do Departamento de "Sala Verde" do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - IFF-Fluminense (2019). Pesquisadora do NIPEC - Núcleo de Iniciação à Pesquisa Científica em Comunicação, atuando principalmente com o tema cultura popular (2007). Áreas de interesse: Ensino em Geografia, Ensino em Climatologia, Geografia Marinha, Zona Costeira.

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Publicado

2023-06-22

Como Citar

da Silva, M. B., & Bulhoes, E. (2023). ASPECTOS RELACIONADOS ÀS TAXAS DE MOBILIDADE DA LINHA DE COSTA NO LITORAL BRASILEIRO. Geo UERJ, (42). https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74504