CLIMA E PERCEPÇÃO AMBIENTAL

OLHARES ACERCA DOS EVENTOS EXTREMOS DE CHUVAS EM BARRA DOS COQUEIROS/SE

Autores

Palavras-chave:

Clima Urbano, Chuvas extremas, Percepção climática

Resumo

O município sergipano de Barra dos Coqueiros, devido ao clima tropical quente e úmido, apresenta ocorrência de eventos pluviais extremos concentrados no outono e no inverno. Como consequência, as precipitações produzem pontos de alagamento pelo sítio urbano associado à topografia relativamente plana. Diante dessa situação, oriunda da urbanização e das falhas na rede de drenagem (fator que impede o escoamento do acumulado de chuva), a população se expõe aos riscos híbridos que se intensificam nos espaços socialmente vulneráveis e fisicamente suscetíveis, ocupados por aqueles habitantes de menor padrão socioeconômico. Nesse contexto, o objetivo do trabalho é ressaltar a percepção ambiental apreendida pelos moradores barracoqueirenses quanto à problemática por eles vivenciada. Para atingir o objetivo e alcançar os resultados, buscou-se fazer uso de metodologia quali-quantitativa cuja abordagem fenomenológica se deu por meio da análise das respostas obtidas com a aplicação de questionários semiestruturados.

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Biografia do Autor

Thiago Duarte, Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe

Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Sergipe (PPGEO/UFS). Dedica-se à pesquisa em Dinâmica Socioambiental (especialidade Climatologia Geográfica) voltada aos temas Clima Urbano, Meio Ambiente, Educação Ambiental, Riscos Híbridos, Vulnerabilidade Socioambiental, Resiliência Ambiental e Percepção Climática. O pesquisador é graduado em Geografia Licenciatura Plena e especialista em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Sergipe, além de integrante dos  grupos de pesquisa em Geoecologia e Planejamento Territorial (GEOPLAN/UFS/CNPq) e Dinâmica Ambiental e Geomorfologia (DAGEO/UFS/CNPq). É revisor dos periódicos Diversitas Journal (UNEAL) e da Revista Brasileira de Meio Ambiente. Também é docente efetivo da rede pública estadual  e municipal de Sergipe nos ensinos fundamental e médio. Durante a graduação em Geografia foi bolsista do Programa Institucional do Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq).Tem experiência no ensino superior como tutor (UAB/CAPES/CESAD/UFS) das disciplinas da Geografia Física: Geologia Geral; Geomorfologia Fluvial e Hidrografia; e Geomorfologia Costeira.

Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto, Universidade Federal de Sergipe

Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto, (PINTO, J.E.S.S.) compõe o quadro docente do Departamento de Geografia ? DGE, da UFS - Universidade Federal de Sergipe, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO), é doutora pela UNESP, campus de Rio Claro, desde 1997. Data de 1982, seu Mestrado pela USP. Graduada em Licenciatura Em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (1978), possui graduação em Bacharelado Em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (1980), Coordenou o Doutorado e o Mestrado da Universidade Federal de Sergipe (NPGEO). É professor Associado da Universidade Federal de Sergipe, Orientou Iniciação Científica, Trabalho de conclusão e curso (graduação), Mestrado e Doutorado na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica, atuando principalmente nos seguintes temas: Sergipe, clima, semiárido, recursos hídricos, dinâmica ambiental, bacia hidrográfica, meio ambiente, análise socioambiental, clima socioambiental urbano, teorias e técnicas em dinâmica ambiental, geografia. Até a presente data formou trinta mestres e dez doutores. Supervisionou bolsistas de pós doc, em número de quatro. Publicou livros, capítulos e artigos em periódicos, anais de eventos, em autoria e coautoria. Participou como fundadora do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos (PRORH), na UFS. Atua em pesquisas no campo da Dinâmica Ambiental, com ênfase em Climatologia Geográfica, tendo participado em Mesas redondas e conferências sobre mudanças climáticas e sobre clima urbano. No início, o semiárido foi a perspectiva de ação em pesquisa e orientação e construção de livro e artigos. Em que pese ainda continuar na linha de pesquisa, tem integrado o Grupo de Trabalhos na ENANPEGE, sobre Problemática Socioambiental Urbana, no qual centra estudos e publicações mais recentes. Participou, como vice-diretora da Associação Brasileira de Climatologia no princípio de sua ação. Organizou e coordenou o VI SBCG, em Aracaju, Sergipe, Brasil. Avaliadora em Comissões diversas e bancas de conclusão de cursos. Integra comissão científica dos periódicos Canindé (MAX/UFS) - Caderno do Estudante (UFS) e - Geonordeste (UFS) . Assessor Ad Hoc da FACEPE (Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco. Integrou a Diretoria da ABClima. Homenageada por contribuição para a CIÊNCIA GEOGRÁFICA, Em sessão especial durante o XIV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA, Merecedora de HOMENAGEM NO LIVRO 70 ANOS DA GEOGRAFIA SERGIPANA (1951-2021): NOS CAMINHOS DA MEMÓRIA.

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Publicado

2023-11-10

Como Citar

Duarte, T., & Pinto, J. E. S. de S. (2023). CLIMA E PERCEPÇÃO AMBIENTAL: OLHARES ACERCA DOS EVENTOS EXTREMOS DE CHUVAS EM BARRA DOS COQUEIROS/SE. Geo UERJ, (43). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/geouerj/article/view/74058