DINÂMICA DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS NO COMPLEXO DA SERRA DE CARRANCAS, MINAS GERAIS
DOI:
https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.56467Palavras-chave:
Geotecnologias, proteção ambiental, unidade de conservação, queimadas.Resumo
O estudo teve como objetivo descrever o perfil espacial e temporal das queimadas ocorridas em uma área com proposta de criação de Unidade de Conservação (UC) na Microrregião da Serra de Carrancas, Minas Gerais. Utilizou-se imagens dos satélites LandSat 5 e 8, sensores TM e OLI, entre os anos de 2002 a 2015. Calculou-se o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e o NDVI diferença para detectar e delimitar os polígonos de queimadas, além do uso do mapa de densidade para a caracterização espacial. As classes de cobertura do solo mapeadas foram: a) agricultura e pastagem; b) florestas nativas; c) florestas plantadas e o d) cerrado. Para analisar a eficiência de combate aos incêndios os polígonos foram agrupados nas seguintes classes de tamanho: I (< 0,1); II (0,1 – 4); III (4,1 – 40); IV (40,1 – 200); V (> 200) hectares. Para analisar a ocorrência de queimadas no aspecto temporal utilizou-se as variáveis: precipitação acumulada, temperatura média e umidade relativa. Foram coletados 2.747 polígonos de queimadas totalizando 18.320,14 hectares. Desse total, 758 ocorreram dentro da área proposta para a criação da UC, com área de 6.696,74 ha. Os meses com maiores registros foram agosto, setembro e outubro. Os anos 2003, 2009, 2011 e 2014 apresentaram maiores ocorrências e áreas queimadas no período analisado. O agrupamento em classes de tamanho demonstrou a maior frequência de queimadas nas classes II e III. Conclui-se que a efetivação dessa UC deverá acompanhar uma política de prevenção e combate aos incêndios florestais no intuito de preservar a integridade ecológica da região.
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