Légua tirana:
uma etnogeografia do sagrado pelos sertões de Canindé
DOI:
https://doi.org/10.12957/espaoecultura.2025.94889Resumo
O presente trabalho, atina para uma prática de pesquisa no qual a etnogeografia foi a metodologia escolhida para a compreensão de uma romaria à cidade santuário de Canindé. Nesse caminhar e conversar com os romeiros estabelecemos uma forma de conceber o real, ou seja, entender como o cotidiano de uma prática típica do catolicismo popular vai ser materializado através das manifestações concretas e que devam ser entendidas como um texto. Em uma postura etnográfica, fazer a leitura dos elementos do sagrado, por exemplo, conjuga com os significados que determinados fazeres e saberes podem estar contidos na paisagem humana (Cosgrove, 1998). Desse modo, a concepção de uma etnografia para pensar práticas do sagrado vai muito além das representações estabelecidas por instrumentais cartográficos ou pelos aspectos aparentemente formais que eles podem expressar. Assim propomos a fazer uma etnogeografia, não apenas fazendo o exercício de uma mera descrição, mas adentrando por suas geografias particulares, pois entendemos que as narrativas e as práticas são construídas cotidianamente e expressam tanto nossas utopias bem como os limites que nos são postos, sejam eles no âmbito de um meio ambiente natural ou ainda através de uma explicação da geografia humana. A compreensão de uma prática socioespacial envolvendo uma romaria, ensejou uma prática metodológica que está relacionada desde a proposição do problema, a formulação dos objetivos e delimitação do trabalho de campo.
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