Homens e Mulheres Sem-Teto:
relações de Gênero na Luta por Moradia em São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.12957/espaoecultura.2025.92194Resumo
Este texto é resultado de uma reflexão, ao mesmo tempo teórica e prática, sobre a condição e o cotidiano da população sem-teto no interior de ocupações e práticas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O objetivo da análise é discutir o papel destes espaços na criação de estratégias de reprodução coletiva da vida, que ao mesmo tempo dá campo político às mulheres como também ressignifica a vida de homens em situação de rua. O deslocamento do conflito capital-trabalho para a luta por território transformou o perfil militante, agora predominantemente feminino, focado na autogestão e no cuidado comunitário. O estudo adota uma abordagem multiescalar para analisar as relações sociais no cotidiano e como estas são moldadas pelos processos econômicos dominantes, observando as respostas dos indivíduos para manter sua integração social ou criar estratégias de resistência. O texto é baseado em uma experiência de campo na ocupação Maria da Penha em Guarulhos, em março de 2024, que ilustra a crise do indivíduo e da reprodução social, e o papel das ocupações e das mulheres militantes na sobrevivência de pessoas desterritorializadas.
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