A CIDADE-SANTUÁRIO DE APARECIDA: DEVOÇÃO, TURISMO RELIGIOSO E POLÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2017.46724Keywords:
Nossa Senhora Aparecida, Santuário Nacional, Turismo religioso, LulaAbstract
A história de Aparecida e o culto que desenvolvera é sabido e amplamente abordado nas mais variadas literaturas. Sua função turístico-religiosa advém do descobrimento da imagem de Nossa Senhora da Conceição nas águas do rio Paraíba do Sul no ano de 1717. Com a construção do Santuário Nacional e a devoção impulsionada foram necessárias seguidas modificações no território religioso, de modo que as modificações aliassem conforto, espiritualidade, serviços e outros. É a partir dessa preocupação e da necessidade de agregar funcionalidade ao espaço da Igreja, portanto, que surge o Complexo Turístico Religioso, mais especificamente com a inauguração do Centro de Apoio ao Romeiro (CAR) em 1998. Se tem, neste momento, uma maior intencionalidade em adequar o espaço sagrado para além da devoção e intentar para uma forma caracterizada, mais especificamente, direcionada ao turismo religioso. O Complexo Turístico Religioso possui diversos atrativos de lazer ou espacialidades de lazer, mas destacam-se nesta pesquisa: o Centro de Apoio ao Romeiro (CAR), o Bondinho Aéreo, o Memorial da Devoção: Nossa Senhora Aparecida, o Presépio e o Caminho do Rosário. Da mesma maneira, o Santuário Nacional como eixo central e de controle, define uma territorialidade em função do sagrado. Do mesmo modo, dita de forma indireta o dinamismo espacial da cidade e a inserção de novos valores e significações entre o sagrado e profano, entre o peregrino religioso ao turista. O Santuário Nacional é um espaço de devoção e de busca pelo sagrado, em contrapartida, nos últimos anos tem sido palco de manifestações políticas, como A romaria à Aparecida por livre Lula e pela paz no Brasil realizada em 20 de maio de 2018. Deste modo, o presente artigo busca compreender, contextualizar e interpretar as ações no território religioso e sua transformação.