História de uma “vênus”
Uma história da vida de Fortunata dos Reis, 1898
Resumo
Do ponto de vista de uma diacronia sensível, baseando-se na premissa de que se o subalterno não pode falar, nos cabe então, unicamente ouvi-lo. Embasada pelas teorias e metodologias decoloniais, especialmente pelas palavras e conceitos propostos por María Lugones e Saidyia Hartman o presente estudo de caso, busca apresentar um ouvir-contar de um pedaço da história de vida de Fortunata dos Reis, nos finais do século XIX, no pedaço de chão que institucionalmente se intitulou como a Comarca de São José de Macapá, no extremo norte da Amazônia. A história apresentada não é a história de sua vida, mas a história que se pôde conhecer sobre sua existência, e a partir dela construiu-se um entendimento das formas como a colonialidade de gênero opera através do Sistema de Justiça. Essa parte que se conheceu da história de Fortunata, para além, serve como uma possibilidade de transformação de uma história pautada no encontro com o poder que pudesse ser utilizada como desarticuladora dos instrumentos de violência que atravessam a vida de mulheres e meninas nos mais diversos espaços-tempos.
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