Entre a realidade e o ficcional

reflexões sobre a peça Quem não perdoa de Júlia Lopes de Almeida

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Resumo

O real e o ficcional foram vistos por muito tempo como polos opostos. Porém, uma análise acerca das características de cada uma das áreas nos mostra que elas possuem mais elementos em comum do que se possa, à princípio, imaginar. Neste sentido, este artigo tem como intenção refletir sobre as interseções existentes entre os discursos sobre o “real” e a escrita ficcional. A partir destas discussões preliminares, a intenção é analisar uma produção literária específica: a peça teatral Quem não perdôa da escritora brasileira, Júlia Lopes de Almeida. Esta obra, produzida e encenada nos palcos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1912, apresenta, por meio de seu enredo e de seus personagens um problema recorrente na sociedade da época: a violência e os crimes passionais. A intenção é perceber como a autora apresenta narrativamente esta situação e como as representações criadas na peça ora se relacionam com a realidade, ora a extrapolam. Para que estas discussões sejam possíveis, será utilizada uma bibliografia de suporte, que conta com autores pertinentes a este estudo, tais como Rancière (2005), Saer (2009), Amed (2010), Fanini (2016), Faria (2012), dentre outros. 

Biografia do Autor

Mariana Schulmeister Kuhn, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na linha de pesquisa Arte, Memória e Narrativa. Mestra em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2017-2019) e licenciada em História (2013-2016) pela mesma instituição. Participou do Programa de Iniciação Científica Voluntária com o projeto "Literatura, Gênero e História em José de Alencar". Tem experiência na área de História & Literatura e desenvolve pesquisas relacionadas aos seguintes temas: literatura, imprensa periódica no século XIX e XX, prostituição, medicina oitocentista e crimes passionais.

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Publicado

2023-11-21

Como Citar

Schulmeister Kuhn, M. (2023). Entre a realidade e o ficcional: reflexões sobre a peça Quem não perdoa de Júlia Lopes de Almeida. Dia-Logos: Revista Discente Da Pós-Graduação Em História, 16(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/dia-logos/article/view/77089

Edição

Seção

Artigos Livres