Duas almas que habitam as cavernas de um cérebro natural e urbano: os ambientes da poética de Álvares de Azevedo
DOI:
https://doi.org/10.12957/contemporanea.2006.17574Palabras clave:
estudo, literatura, construçãoResumen
Muito nos chama a atenção o fato de nenhum comentário crítico, nenhum estudo ou sequer um outro literato ter conseguido destacar a estrutura central da obra Lira dos vinte anos (1853) tão bem quanto o seu próprio autor, o jovem Álvares de Azevedo, feita a ressalva, é claro, daqueles que retomaram a referida estrutura em seus estudos, com fizera Antonio Candido (1975). Segundo Azevedo, “a unidade deste livro funda-se numa binomia. Duas almas que moram nas cavernas de um cérebro pouco mais ou menos de poeta escreveram este livro, verdadeira medalha de duas faces” (2000, p.190). Assim, considerando a “binomia” a estrutura central do texto em questão, nosso trabalho partirá de fatores exteriores à Lira dos vinte anos objetivando analisar em que medida eles são internalizados a ponto de favorecerem a construção dos ambientes nos quais se encontram as duas almas referidas por Álvares de Azevedo. Para fazermos a análise de como se dá esta binomia azevediana nas representações sócio-espaciais, optamos pela utilização do método crítico desenvolvido por Antonio Candido (1975) e (1976), Lucien Goldmann (1973) e (1979) e Mikhail Bakhtin (1994), privilegiando o diálogo entre estruturas internas e externas, tendo ao fundo, ao mesmo tempo, pressupostos formalistas (na medida em que analisa a transposição de questões extra-literárias para a ordem de questões literárias) e estruturalistas (na medida em que reconhece o fato da interpretação de uma obra literária se fazer a partir de certas estruturas significativas).Descargas
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