Tendências da ecoficção e da ecocrítica na contemporaneidade
Postado em 2024-09-03Dossiê:
Tendências da ecoficção e da ecocrítica na contemporaneidade
Editores:
André Corrêa da Silva de Araujo (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil)
Ana Rüsche (Universidade de São Paulo e Universidade de Brasília, Brasil) Elizabeth Ginway (Universidade da Flórida, Estados Unidos da América)
Ementa:
Diante da emergência climática que assola o planeta, com manifestações tão brutais quanto diversas, com suas extremas, enchentes caudalosas e incêndios sem freios, causando a perda irremediável de paisagens e provocando a extinção de espécies, é relevante considerar qual a contribuição dos estudos literários sobre esse estado de catástrofe.
Considerando-se que a literatura pode representar, nomear até propor ações possíveis a situações complexas, procura-se realizar a tarefa da ecocrítica — situar a ecologia no coração da crítica literária, colocando também em xeque os paradigmas da modernidade, do suposto progresso capitalista e da manutenção do velho pacto colonial. Considera-se ainda que a importância do debate no país ganhou um peso extra com a sede da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, em Belém do Pará.
Tendo em vista a necessidade de aprofundar o material crítico e teórico sobre a ecocrítica, em especial no Brasil, este dossiê pretende reunir trabalhos conceituais e análises de casos. Logo, são bem-vindas reflexões que abordem a perspectiva ecocrítica, os conceitos de ecoficção, assim como utopias, ecocídios, questões de gênero e ecologia, o racismo ambiental e necessidades de novas epistemologias, estudos de representações de animais não humanos, fungos, plantas e outros seres.
Submissões até 16 de dezembro 2024.
Resultado das avaliações até 3 de fevereiro de 2025.
Publicação ao longo de abril de 2025.