A DEMOCRACIA DIGITAL E O PROCESSO ELEITORAL NO BRASIL
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Como Citar

DE ARRUDA LINS, Maria Helena. A DEMOCRACIA DIGITAL E O PROCESSO ELEITORAL NO BRASIL: desafios quanto à desinformação, às estratégias algorítmicas e à ascensão de democracias iliberais. Ballot, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1-2, p. 15–31, 2024. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ballot/article/view/82033. Acesso em: 2 maio. 2025.

Resumo

Nos últimos anos, ao passo que se observou um crescimento exponencial das formas de  comunicação e informação virtuais, notou-se, também, um ressurgimento de ideias do espectro da  direita extremista. Tais fatos proporcionaram, de um lado, a revolução comunicacional e, de outro, a  ascensão de democracias iliberais, com líderes eleitos pelo voto, porém, com poder de persuasão sobre  as massas por possuir uma hábil capacidade de utilizar-se dos sentimentos contemporâneos de  insatisfação política para se assentarem em cargos públicos de expressiva importância. Com a junção  desses fatores e o aprimoramento cada vez maior e mais veloz das tecnologias automatizadas, criadas  para descrever a personalidade dos usuários das redes sociais, viu-se surgir um fenômeno que  reinventou a simples utilização de mentiras como vantagem política: a desinformação no processo  eleitoral. Dito isso, o objetivo geral deste trabalho é entender a democracia digital no Brasil e,  principalmente, os desafios para o aprimoramento dela neste país. Com os seguintes objetivos  específicos: analisar as dificuldades existentes para um aprimoramento da democracia digital no Brasil,  comparando os reflexos da ascensão de democracias iliberais, bem como do uso indevido de dados  pessoais e mídias sociais para a difusão de desinformação a fim de uma promoção eleitoral; entender  os desafios e limites para a criação de uma inovação legislativa referente à matéria que não esbarre  em Direitos Fundamentais do cidadão. Como resultado, observou-se que a desinformação está  relacionada ao conjunto de ações coordenadas para disseminar intencionalmente conteúdo fraudulento  a fim de desinformar os indivíduos. Consequentemente, com a mercantilização e manipulação do  debate público nas mídias sociais, alguns grupos conseguem controlar a opinião pública frente às  eleições, às instituições democráticas e situação política do país, adaptando ao seu exclusivo interesse  o voto de parte da população e fraudando espaços que deveriam estar sendo utilizados para o  aprimoramento da democracia digital. 

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