(NÃO)ALTERIDADE E O INFARTO DA ALMA EM BLADE RUNNER 2049
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Resumo
A presente proposta tem o objetivo de avaliar a forma como o Cyberpunk concebe a pós-modernidade, especialmente em suas obras mais recentes. Para isso, a pesquisa propõe averiguar a forma como o gênero tem abarcado a sociedade de século XXI, com vistas, especificamente, à análise das configurações das personagens e ao processo de rechaço ao Outro. O corpo, desde a gênese do Cyberpunk, tem sido objeto de estudo e tem sido, exaustivamente, avaliado a partir do contato com o Outro, com o Eu e com os entornos das cidades pós-modernas. No entanto, na pós-modernidade, para manter-se relevante, o gênero teve de sofrer alterações, com o intuito de abarcar as diferentes subjetividades/almas e a perda dessas dentro de uma lógica inescapável do capital. Assim, objetiva-se fundamentar uma interpretação a respeito do filme Blade Runner 2049 como exemplo desse formato mais recente para o gênero, a partir de uma premissa simples: se a alma existir, ela tem poucas chances de sobrevivência para os corpos do século XXI. As contribuições de Haraway (2016), Han (2017), Shanahan (2020) e Zizek (2021) serão utilizadas como fomento a essa indagação.
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