NARRATIVAS INDÍGENAS SOBRE O FIM E O SONHO DE FUTUROS POSSÍVEIS EM THE MARROW THIEVES (2017), DE CHERIE DIMALINE
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Resumo
A ideia de "fim de mundo" ou "apocalipse", advinda inicialmente do pensamento judaico-cristão e das narrativas bíblicas, aponta para uma ideia de futuro a partir de uma linearidade temporal eurocêntrica. Neste artigo, investigamos, a partir de uma postura de escuta de outros saberes à qual nos instiga Eduardo Viveiros de Castro em Metafísicas canibais (2018), como as epistemologias dos povos originários expressas nas Literaturas Indígenas podem nos oferecer perspectivas que desloquem nosso eixo espaço temporal e transcendam a lógica racional eurocêntrica. Abordamos discussões sobre o fim do mundo por autores indígenas como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Daniel Munduruku e Drew Hayden Taylor a fim de analisar o romance canadense The marrow thieves (2017), da autora Métis Cherie Dimaline. O romance indigeniza gêneros como a ficção pós-apocalíptica e a cli-fi ao incorporar formas tradicionais de construção de conhecimento, como o sonho e a contação de histórias, em defesa de futuros possíveis para os povos indígenas e o planeta.
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