ANGELA (1951) COMO APROPRIAÇÃO ANTROPOFÁGICA DE HOFFMANN NO CINEMA BRASILEIRO

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Cynthia Beatrice Costa

Resumo

O filme brasileiro Angela (1951), produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, é baseado no conto “Spielerglück” (1820), de E. T. A. Hoffmann. Contudo, ainda que recrie a personagem Angela e o melodrama central de sorte no jogo/azar no amor, o longa-metragem dirigido por Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne promove significativas mudanças na narrativa ao transportá-la não apenas para outro meio (o cinema), como para o contexto brasileiro de meados do século XX, modificando, portanto, toda a ambientação geográfica e sócio-histórica. Inspirado pela sobreposição do bicentenário da morte de Hoffmann e do centenário da Semana de Arte Moderna brasileira, o presente artigo analisa o aspecto da brasilianização de uma obra do multiartista alemão no cinema brasileiro pelo viés da antropofagia, entendida como assimilação crítica do que vem de fora. Para tanto, apoia-se em reflexões sobre a apropriação antropofágica nas artes e em considerações teóricas dos estudos da adaptação.

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Como Citar
COSTA, Cynthia Beatrice. ANGELA (1951) COMO APROPRIAÇÃO ANTROPOFÁGICA DE HOFFMANN NO CINEMA BRASILEIRO. Abusões, Rio de Janeiro, v. 18, n. 18, 2022. DOI: 10.12957/abusoes.2022.65984. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/65984. Acesso em: 13 jul. 2025.
Seção
Bicentenário de morte de E. T. A. Hoffmann (1822 – 2022)