A REPRESENTAÇÃO DO OUTRO NO CINEMA FANTÁSTICO: O CASO DE A FORMA DA ÁGUA (2017), DE GUILLERMO DEL TORO
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Desde a sua gênese, o Cinema tem servido como veículo para a manifestação das ânsias que consomem as mais diversas sociedades que dele se valem. Uma das mais peculiares formas dessas manifestações é o Cinema Fantástico – no qual, através da apresentação de criaturas monstruosas ou maravilhosas, submundos incríveis, universos paralelos e galáxias distantes, é possível ver a inserção do Outro e das visões que os respectivos realizadores dos filmes (tais quais a sociedade em que estivessem inseridos) têm a respeito destes (INAYATULLAH e BLANEY, 2004; TODOROV, 1999). Um exemplo desta questão, logo nos primórdios da sétima arte, é o clássico Viagem à Lua (1902), de Georges Méliès, o qual traz os selenitas – as criaturas que habitam a Lua – trajando vestimentas tribais, lanças e expressões similares a demônios, em uma escolha de indumentária remetente aos nativos das colônias francesas na África no final do século XIX e início do século XX. Desta forma, o presente artigo busca discorrer sobre a representação do Outro ao longo da história do cinema mainstream ocidental, e traçar uma análise a respeito de como todos os personagens do filme A forma da água (2017), de Guillermo del Toro, em especial a criatura anfíbia monstruosa no centro da narrativa, refletem tais questões acerca da alteridade.
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