Da opressão à resistência: uma análise do uso do rádio na Revolução da Argélia a partir da filosofia fenomenológica da tecnologia

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DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2024.88542

Resumo

Este artigo analisa, com base na filosofia da tecnologia, de abordagem fenomenológica, como proposta por Don Ihde e Albert Borgmann, o caso histórico do uso do rádio durante a revolução da Argélia. Trata-se de um evento discutido pelo filósofo martinicano Frantz Fanon que aborda as relações coloniais de poder e o movimento de resistência através do uso da tecnologia. Argumenta-se que a apropriação do rádio pelos argelinos transcendeu as quatro categorias de transferência tecnológica, propostas por Ihde, apontando para um limite em sua teoria e sugerindo uma nova perspectiva através da filosofia de Borgmann. Defendemos que o fenômeno da tecnologia, quando associado a relações de poder, requer uma visibilidade dos dispositivos para permitir o movimento de resistência, redefinindo as bases da relação entre tecnologia e cultura.

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Biografia do Autor

Alex Calazans, UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

Doutor em Filosofia pela UNICAMP.Em Curitiba-PR, éprofessor de filosofia na UTFPR. Atuatambémcomo professor no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade (PPGTE), da UTFPR, e no Programa de Mestrado Profissional em Filosofia (PROF-FILO/UFPR). Além de temas contemporâneos de Filosofia da Tecnologia (cultura e técnica; ontologia dos objetos técnicos), pesquisa temas de História e Filosofia da Ciência, com especial relevo nas relações entre filosofia modernae pensamento matemático: matematização da natureza, a relação entre ciência, matemática e técnica.

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Publicado

2025-09-10

Como Citar

FERREIRA BAHR CALAZANS, Veronica; CALAZANS, Alex. Da opressão à resistência: uma análise do uso do rádio na Revolução da Argélia a partir da filosofia fenomenológica da tecnologia. Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 166–194, 2025. DOI: 10.12957/ek.2024.88542. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/88542. Acesso em: 12 set. 2025.