Liberdade fenomenológica e liberdade hermenêutica
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2013.8179Resumo
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2013.8179
Segundo Heidegger, em uma fase mais madura de seu pensamento, a maneira como os seres humanos compreendem as coisas apenas corresponde àquilo que ele, Heidegger, chama de “destino do ser”. Não seriam os seres humanos quem decide se e como os entes aparecem, mas sim a maneira como o próprio ser enquanto ser arruma o espaço-de-jogo-temporal onde os entes se tornam manifestos. A fim de replicar o modo como Heidegger pensa, o presente artigo busca mostrar como duas espécies distintas de liberdade mantêm entre si uma tensão essencial. Por um lado, há a liberdade fenomenológica do ser das coisas e, por outro lado, a liberdade hermenêutica da existência humana – ambas com igual força de imposição. Assim, eis o que importa mostrar no artigo, nenhuma delas pode determinar a outra tal como o “destino do ser”, segundo Heidegger, determinaria a compreensão humana.