A imortalidade do ser amado segundo Gabriel Marcel

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DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2023.69872

Palavras-chave:

Gabriel Marcel – Morte – Fidelidade - Imortalidad

Resumo

O objetivo deste artigo é abordar, a partir do pensamento do filósofo francês Gabriel Marcel (1883-1973), a temática da morte, mas não a morte enquanto “minha”, à minha morte; aborda-se aqui a morte do ser amado. Aquele e aquela que amei, que me amaram, para onde vão após a morte? Como a partida do ser amado afeta metafisicamente aquele que a morte devastou? Abordando a morte do ser amado não como um “problema” a ser resolvido, mas como um “mistério” a ser vivenciado, Marcel aponta a fidelidade como condição imprescindível para a compreensão sobre a imortalidade de quem amamos. A fidelidade, aqui, é vislumbrada não como uma simples promessa, mas como engajamento de meu ser num “tu”. Nesse sentido, somente o amor é capaz de desvelar o ser imortal que participa de nossa vida. Apenas uma relação fundada sobre o amor e a reciprocidade conduz à “comunhão do nós”; quanto mais um ser é amado como ser, menos sua morte é ressentida como perda dolorosa de uma “posse objetiva”.

Biografia do Autor

José André de Azevedo, Pontifícia Universidade Católica do Paraná/PUCPR

Doutor em Teologia. Chefe de Gabinete da PUCPR.

Clélia Peretti, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Doutora em Teologia. Professora PUCPR.

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Publicado

2023-08-22

Como Citar

Azevedo, J. A. de, & Peretti, C. (2023). A imortalidade do ser amado segundo Gabriel Marcel. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 12(1), 102–117. https://doi.org/10.12957/ek.2023.69872