Os Retirantes de Portinari: uma estética da miséria, da fome e da morte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2023.66801

Palavras-chave:

Os Retirantes de Portinari, Filosofia, Literatura, Educação

Resumo

O presente artigo intitulado Os Retirantes de Portinari: uma estética da miséria, da fome e da morte é uma intepretação fundamentada na filosofia de Merleau-Ponty, na literatura e na educação, tendo como método a descrição fenomenológica. O objetivo é a experiência sensível como uma educação do olhar sobre a obra de arte. Nesse sentido, convido o leitor, por meio da linguagem sensível, para entrar através da escrita em alguns quadros de Portinari e perceber o êxodo, a miséria, a fome e a morte, revelando a estética assustadora dos corpos esquálidos dos sertanejos. Através de uma escrita poética e interdisciplinar, narro à jornada do desespero na extrema metafísica dos corpos expressivos dos sertanejos, nos quais, uma ontologia da vida revela-se na tragédia da fome, diante da ameaça da morte.  Nessa perspectiva, o sofrimento e a morte são transubstanciados nas cores e nos desenhos dos quadros do Portinari. Como resultado, o compreendo as causas do êxodo, não é apenas por questões climáticas, mas a opressão do latifúndio e o descaso dos governos, nos séculos passados.

Biografia do Autor

Gilmar Leite Ferreira, Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Educação

Área de Ensino

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Publicado

2023-08-22

Como Citar

Ferreira, G. L. (2023). Os Retirantes de Portinari: uma estética da miséria, da fome e da morte. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 12(1), 179–201. https://doi.org/10.12957/ek.2023.66801