Befindlichkeit e Stimmung, das tonalidades afetivas na analítica existencial de Heidegger

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2020.49403

Palavras-chave:

Befindlichkeit. Stimmung. Tonalidades Afetivas. Analítica Existencial. Heidegger.

Resumo

As tonalidades afetivas são tema do presente trabalho. Ao abordá-las, em sua obra Ser e tempo, Heidegger utiliza Befindlichkeit e Stimmung para nomear uma experiência de afinação ontológica. Antes de definir aqui o que isso poderia significar, nosso artigo objetiva primeiramente analisar esses fenômenos e os conceitos que os expressam no âmbito da analítica existencial presente naquela obra. O problema de pesquisa orientador do artigo se ocuparia essencialmente de indagar: o que o filósofo quer indicar com os termos Befindlichkeit e Stimmung? Para uma tal problematização, optamos por recorrer inicialmente a uma revisão de literatura na qual se passará em revista as escolhas de tradução dos termos em apreço especificamente em Ser e tempo. O objetivo desse novo momento é o de indicar que, embora sejam expressões de difícil tradução, é possível pensá-los de maneira acurada (e em coerência ao modo de dizer heideggeriano) em face dos termos utilizados para verter sua conceptualidade ao português. Adiante, pretendemos uma exposição do quanto Befindlichkeit e Stimmung seriam fenômenos correlatos. Associado a isso, planejamos rematar o estudo com uma indicação do papel que as tonalidades afetivas desempenhariam frente a noção de ser-lançado (Geworfenheit), pesquisando que implicação tais fenômenos próprios à existência do ser-aí teriam perante a abertura constitutiva deste ao mundo e a sua facticidade específica.

Biografia do Autor

Roberto S. Kahlmeyer-Mertens, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Doutor em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj; atualmente é Professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, na qual leciona e orienta dissertações e teses para o Programa de Pós-Graduação em Filosofia (Mestrado e Doutorado). Professor colaborador do Mestrado em Filosofia da Universidade Estadual de Maringá – UEM. Membro associado da Sociedad Iberoamericana de Estudios Heideggerianos – SIEH, Sócio efetivo da Associação Portuguesa de Filosofia Fenomenológica – AFFEN, Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Fenomenologia – SBF, dedica-se aos estudos de Heidegger desde o ano de 1995, assinando capítulos em coletâneas, além de inúmeros artigos publicados em revistas periódicas nacionais e internacionais. Entre seus principais livros estão: Linguagem e método (FGV, 2007); Heidegger & a educação (Autêntica, 2008); 10 Lições sobre Heidegger (Vozes, 2015) e 10 Lições sobre Gadamer (Vozes, 2017). É Editor-Chefe e Fundador da AORISTO - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics. Líder do Grupo de Pesquisa Fenomenologia, hermenêutica e metafísica.

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Publicado

2020-07-01

Como Citar

Kahlmeyer-Mertens, R. S., & dos Santos, G. A. (2020). Befindlichkeit e Stimmung, das tonalidades afetivas na analítica existencial de Heidegger. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 9(1), 179–194. https://doi.org/10.12957/ek.2020.49403