Befindlichkeit e Stimmung, das tonalidades afetivas na analítica existencial de Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2020.49403Palavras-chave:
Befindlichkeit. Stimmung. Tonalidades Afetivas. Analítica Existencial. Heidegger.Resumo
As tonalidades afetivas são tema do presente trabalho. Ao abordá-las, em sua obra Ser e tempo, Heidegger utiliza Befindlichkeit e Stimmung para nomear uma experiência de afinação ontológica. Antes de definir aqui o que isso poderia significar, nosso artigo objetiva primeiramente analisar esses fenômenos e os conceitos que os expressam no âmbito da analítica existencial presente naquela obra. O problema de pesquisa orientador do artigo se ocuparia essencialmente de indagar: o que o filósofo quer indicar com os termos Befindlichkeit e Stimmung? Para uma tal problematização, optamos por recorrer inicialmente a uma revisão de literatura na qual se passará em revista as escolhas de tradução dos termos em apreço especificamente em Ser e tempo. O objetivo desse novo momento é o de indicar que, embora sejam expressões de difícil tradução, é possível pensá-los de maneira acurada (e em coerência ao modo de dizer heideggeriano) em face dos termos utilizados para verter sua conceptualidade ao português. Adiante, pretendemos uma exposição do quanto Befindlichkeit e Stimmung seriam fenômenos correlatos. Associado a isso, planejamos rematar o estudo com uma indicação do papel que as tonalidades afetivas desempenhariam frente a noção de ser-lançado (Geworfenheit), pesquisando que implicação tais fenômenos próprios à existência do ser-aí teriam perante a abertura constitutiva deste ao mundo e a sua facticidade específica.