O conceito existencial de ciência:Heidegger e a circularidade do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2012.4273Abstract
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2012.4273
Este artigo visa reconstituir em linhas gerais a discussão proposta por Heidegger em torno do conceito existencial de ciência elaborado no curso de inverno de 1928/29 denominado Introdução à Filosofia, no qual, num nítido aprofundamento do que então fora exposto no § 69 de Ser e Tempo, são desdobrados elementos centrais referentes à atividade teórica e científica, tais como a concepção do biós theoretikós como a “praxis mais própria”, a caracterização da ciência como o “deixar-ser o ente”, a questão da mudança na compreensão de ser no projeto científico e a determinação do ente como “natureza” no surgimento da física matemática na modernidade. Por fim, trata o artigo de refletir sobre a circularidade do procedimento e das definições de Heidegger, notadamente no que tange à concepção de ciência como um modo peculiar de “deixar-ser o ente” a partir de uma projeção prévia, e no que se refere à caracterização do ser-aí científico em sua diferença com o ser-aí pré-científico.