(In)tolerância e diálogo inter-religioso

Autores

  • Nadja do Couto Valle Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ

Palavras-chave:

(In)Tolerância, Diálogo inter-religioso, Espaço fenomenológico, Matrizes psíquicas, Ética inter-humana

Resumo

No passado, a intolerância individual engendrou a intolerância intra- e inter-religiosa, como as Cruzadas, a Inquisição, os “bruxos” da Idade Média, o Auto de Barcelona. Hoje, a humanidade transita do individualismo e do egoísmo para o altruísmo, na aceitação das diferenças, no diálogo como esforço ontológico entrelaçado com reflexões práticas, na relação-diálogo com Deus através do próprio homem, principalmente no universo das religiões. Isto se dá no espaço fenomenológico entre os seres, engendrando a ética do inter-humano e o “entre” como categoria, a ética da compreensão que se inscreve na filosofia da tolerância, a abertura subjetiva do sin-pathós para com o outro. A tolerância é atitude consciente, humana, sem restrições, compreensiva. Atingidos certos níveis de consciência, o homo religiosus trabalha no diálogo fé-razão, preconizado pelo espiritismo, de Allan Kardec, passando a ser intolerante apenas com o intolerável, quando afronte os valores superiores do espírito. Compreensão, tolerância, amor – privativos do espírito, são hoje, para a ciência, matriz de saúde mental e física, e consequentemente social, construindo assim a paz no mundo.

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Publicado

2014-03-28

Como Citar

Valle, N. do C. (2014). (In)tolerância e diálogo inter-religioso. (SYN)THESIS, 6(1), 83–95. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/synthesis/article/view/9916

Edição

Seção

Artigos