A gente se acostuma a tudo: os limites da ficção contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2018.33987Palavras-chave:
Ficção contemporânea, Memória, Representação.Resumo
São muitas as abordagens direcionadas à compreensão do contemporâneo; a própria ficção contemporânea tem sido cada vez mais pesquisada e analisada no campo da literatura e por isso, tem ganhado novas formas e perspectivas dentro do universo investigativo. Através de lugares, experiências, memórias e narrativas, essa ficção vem aumentando seu leque de opção de leitura e de análise, construindo possibilidades bastante significativas, sobretudo no que diz respeito à literatura e ao jogo representacional que a envolve. Nos últimos anos tem surgido textos e produções literárias que questionam, denunciam, reconhecem ou simplesmente, analisam o lugar dessa ficção na contemporaneidade. A partir de três crônicas publicadas no livro A gente se acostuma a tudo, de João Ubaldo Ribeiro, esse artigo propõe um passeio pela narrativa ficcional, a partir de elementos que são reconhecidos em experiências cotidianas que formulam uma troca entre o autor, o narrador e o leitor. Com isso, o objetivo deste artigo é analisar o papel dessa ficção inserida na contemporaneidade, ressaltando traços que se materializam na memória, na representação e nas identidades, usando como base teórica autores como Agamben (2009), Benjamin (1994) e Ricouer (2007).
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