“Uma literatura verdadeiramente feminina”: Ana de Castro Osório e a germinação do pensamento feminista em Portugal no século XIX

Autores

  • Jorge Vicente Valentim UFSCAR

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2017.30966

Palavras-chave:

Literatura feminina, Cenas feministas, Oitocentos, Ana de Castro Osório.

Resumo

O presente ensaio tem como objetivo refletir sobre a atuação intelectual da escritora Ana de Castro Osório (1872-1935) na disseminação de uma literatura feminina em Portugal, já partir das décadas finais do século XIX e das iniciais do século XX, levando em consideração não apenas a sua produção dramática e literária para a infância, mas, sobretudo, as suas intervenções públicas em forma de palestras e conferências. Em consonância com os aspectos das cenas feministas no contexto crepuscular do Oitocentos, conforme apontados por Genevieve Fraisse e Michelle Perrot (1994) e Anne-Marie Käpelli (1994), objetivamos demonstrar como a escritora portuguesa produziu textos em consonância com muitos destes elementos ideológicos e artísticos, contribuindo ela também para a consolidação de uma “literatura verdadeiramente feminina”, como a própria Ana de Castro Osório se referia. Em nossa perspectiva, resultados positivos neste caminho de leitura ficam perceptíveis em dois textos seus, escritos originalmente como palestras e aqui utilizados como corpus de análise.

DOI: 10.12957/soletras.2017.30966

 

Biografia do Autor

Jorge Vicente Valentim, UFSCAR

Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Associado de Literaturas de Língua Portuguesa (Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), além de atuar como Colaborador no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/Araraquara), SP, Brasil.

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Publicado

2017-11-09

Edição

Seção

Dossiê: Escritores Esquecidos do século XIX