Partitura midiática:gesto poético numa ópera brasileira contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2016.25906Palavras-chave:
Medeia, Jocy de Oliveira, Ópera brasileira, Partitura, Gesto.Resumo
No presente artigo, apresentamos um dos trabalhos da multiartista Jocy de Oliveira. Em sua ópera Kseni, a Estrangeira (2003-2006), ela retoma o mito de Medeia sob um viés político, cujo foco assenta na condição feminina, a exemplo da tragédia ática: uma bárbara, estrangeira por excelência, imigrante, há muito exilada de tantas pátrias, sem pátria segura para onde ir ou regressar. A vídeo-ópera, no plano musical, parte de uma melodia medieval anônima em Langue d’Oc também inspirada no referido mito. Por meio de uma breve análise crítico-comparativa, sugerimos uma releitura do que ora chamamos “partitura midiática” nesse trabalho de Jocy: um princípio de linearidade em sua textura caótica pós-moderna. Entre os autores visitados para esse fim, estão Roland Barthes e Michel Butor, tomando alguns conceitos referentes à imagem (sobrevivência, anacronismo) e à escrita (poética e musical) como gesto nesse processo de criação/invenção, além de Zigmund Bauman, Didi-Huberman, Tatlow, Sadie e Tyrrell.
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