<i>A Confissão de Lúcio</i> e a crise da narrativa moderna

Autores

  • Rafael Santana Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2015.16355

Palavras-chave:

Narrativa oitocentista. Narrativa novecentista. Mário de Sá-Carneiro.

Resumo

O romance, gênero textual do mundo burguês, nasce a partir da transição da sociedade aristocrática para a burguesa, entre fins do século XVIII e início do século XIX, assinalando uma crise na forma e no conteúdo da literatura, que passaria a ser expressa mormente em prosa e cuja temática estaria voltada, muitas vezes, para aqueles assuntos considerados corriqueiros, uma vez que o romance, ao ser composto para um público leitor ampliado, visaria também a cumprir uma função pedagógica de engajamento. Na contramão da narrativa oitocentista, o romance do princípio do século XX, inscrito na ideia da crise da mimesis, romperia com os padrões da narrativa do século XIX, evidenciando um abalo na estrutura do próprio texto. Este trabalho propõe uma análise de A Confissão de Lúcio – do escritor modernista Mário de Sá-Carneiro –, um dos primeiros romances a esgarçar o cânone da narrativa oitocentista em Portugal, assinalando a consciência da crise da representação. Para tanto, baseia-se nas teorias do romance de Georg Lukács, Ian Watt e Anatol Rosenfeld.

Biografia do Autor

Rafael Santana, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor Adjunto de Literatura Portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Doutor em Literatura Portuguesa pela mesma universidade, onde defendeu a tese intitulada Lições do Esfinge Gorda, sobre a prosa e a correspondência literária de Mário de Sá-Carneiro. Atua principalmente nos seguintes temas: Decadentismo, Modernismo e ecos do fim de século na literatura contemporânea. Tem artigos publicados no Brasil e no exterior. CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3361786514654494

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Edição

Seção

Estudos Literários