Garrett e os livros: a presença dos clássicos na biblioteca do Conservatório Real de Lisboa

Autores

  • Sérgio Nazar David UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2014.16313

Resumo

A posição de Garrett à frente do Conservatório Real de Lisboa, da Inspecção Geralde Teatros, também como membro da comissão para a edificação do Teatro Dona Maria II foiinegavelmente de defesa dos clássicos. Bem o comprovam a listagem dos livros que solicitouque fossem recolhidos das bibliotecas dos extintos conventos para o Conservatório, e tambéma listagem de doações que o Conservatório recebeu. Mas não só. O protagonismo que Garrettteve na cena teatral portuguesa após o retorno da Bélgica em 1836 tem a ver com a suaproximidade com Passos Manuel e com Rodrigo da Fonseca Magalhães. Para a cena política,Garrett não era capaz de compreender qualquer avanço sem o equilíbrio entre passado epresente. O papel de Garrett na construção do Teatro D. Maria II e na organização doConservatório Dramático está em consonância com a ideia, defendida em vários pontos de suaobra, de relação dialética entre o clássico e o romântico.

Biografia do Autor

Sérgio Nazar David, UERJ

[1] Sérgio Nazar David é professor associado da UERJ, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, membro da Associação Portuguesa de Escritores e da “Equipe Garrett” (Centro de Literatura Portuguesa – Faculdade de Letras – Coimbra). É autor de: Onde moedas de chumbo (poesia, RJ, 7Letras, 2001; 2. ed. 2014), Freud e a religião (ensaio, RJ, Zahar, 2003), A primeira pedra (poesia, RJ, 7Letras, 2006; 2. ed., 2014), O século de Silvestre da Silva (ensaio, 2 vols., Lisboa, Prefácio / RJ, 7Letras, 2007) e Tercetos queimados (poesia, RJ, 7Letras, 2014). Organizou as edições críticas de Cartas de amor à Viscondessa da Luz (Famalicão, Edições Quasi, 2007) e de Correspondência familiar (Lisboa, Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 2012), de Almeida Garrett.

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Publicado

2014-12-28