Desamparados por Deus: a Modernidade em Um, nenhum e cem mil

Autores

  • Felipe Vigneron Azevedo Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2015.14025

Palavras-chave:

Modernidade, Tradição, Romance, Subjetividade e Perspectiva.

Resumo

O presente trabalho pretende investigar a relação entre a modernidade e a mudançade paradigma do romance. Será analisado o romance Um, nenhum e cem mil, de LuigiPirandello, um autor exemplar, a nosso ver, da transformação ou transição do romancetradicional para o romance moderno. As novidades trazidas pela modernidade influenciaramdiretamente no modo de se perceber o mundo, agindo sobre a poética do romance. O homemmoderno se sente abandonado por Deus. Em Um, nenhum e cem mil podemos acompanhar atrajetória de um Vitângelo Moscarda, um homem até então crédulo da unicidade daperspectiva, até que um posicionamento de sua esposa, divergente do seu, perturba-o,levando-o ao extremo de se acreditar cem mil ou nenhum, quando, em outro momento, seachava uno. A contribuição de Luigi Pirandello está, sobretudo, em conseguir traduzirassomos de novos tempos em forma e conteúdo que dialogam inequivocamente para espelharum novo homem ou uma nova e condicionada concepção de homem.

Biografia do Autor

Felipe Vigneron Azevedo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto Federal Fluminense

Felipe Vigneron Azevedo atualmente é professor efetivo do Instituto Federal Fluminense e leciona as disciplinas de Literatura e Língua Portuguesa. Desde 2013 é aluno do Mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada, na UERJ, orientado por Roberto Acízelo de Souza.

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Publicado

2015-10-01

Edição

Seção

Dossiê: Cenas Finisseculares