SOBRE ARTESANIA E CURRÍCULOS PENSADOSPRATICADOS: QUANDO TUDO FOGE A NORMA

Autores

  • Rafael Marques Gonçalves Professor da Universidade Federal do Acre Doutorando em Educação - ProPEd

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2017.29534

Palavras-chave:

cotidiano escolar, currículos praticados, conversas, narrativas

Resumo

A proposta deste artigo é apresentar parte de uma pesquisa de doutorado, que entende que, por meio de conversas, podemos aprender a compreender o cotidiano pesquisado. As ações investigativas são desenvolvidas na perspectiva das pesquisas no/do/com o cotidiano, lançando mão de conversas com um grupo de professoras, com as quais são buscados as diferentes formas de percebersentir as realidades sociais a partir de sua complexidade e dos inúmeros (des)encontros entre o falado, o percebido e o praticado. O recorte aqui realizado diz respeito à relação daquilo que as professoras fazem em seus cotidianos, ou seja, seus modos de fazer, e as propostas que as orientam, incluindo os materiais didáticos que recebem. Assim, ao compreender as bricolagens praticadas nos cotidianos das escolas, podemos perceber como os processos de criação curricular trazem à tona o uso das regras e produtos que foram dados para consumo das professoras inscritas como autoras, como criadoras de currículos pensadospraticados nas relações politicopráticas que tecem e atuam cotidianamente nos seus espaçostempos.

Biografia do Autor

Rafael Marques Gonçalves, Professor da Universidade Federal do Acre Doutorando em Educação - ProPEd

Professor da Universidade Federal do Acre (Centro de Educação e Letras - Campus Floresta). Doutorando em Educação pela UERJ/ProPEd. Líder do Grupo de Pesquisas em Memórias, Identidades, Currículos e Culturas – GpMICC/CEL/UFAC. Membro do GT 12-Currículo da ANPEd e da Associação Brasileira de Currículo – AbdC. Bolsista CAPES. E-mail: rafamg02@gmail.com

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Como Citar

GONÇALVES, Rafael Marques. SOBRE ARTESANIA E CURRÍCULOS PENSADOSPRATICADOS: QUANDO TUDO FOGE A NORMA. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 184–197, 2017. DOI: 10.12957/riae.2017.29534. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/29534. Acesso em: 25 abr. 2024.

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