Adipocinas: uma visão geral dos seus efeitos metabólicos

Autores

  • Amélio Godoy-Matos Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Ivan Cruz Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Rafael da Costa Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Wellington Silva Júnior Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Brazilian Adipokines Study Group

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.9806

Resumo

Há um número crescente de evidências indicando que o tecido adiposo é um órgão endócrino capaz de sintetizar e secretar substâncias envolvidas na fisiopatogênese da resistência à insulina, da inflamação sistêmica e da aterogênese. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão sobre as adipocinas, substâncias oriundas do tecido adiposo que parecem constituir o elo entre obesidade e doenças metabólicas e cardiovasculares.As adipocinas manifestam seus efeitos através de mecanismos endócrinos e parácrinos. Elas atuam como imunomoduladores, alterando o equilíbrio entre citocinas pró- e anti-inflamatórias; influenciam a sensibilidade à insulina, interferindo na homeostase glicêmica; regulam o mecanismo central da fome e do gasto energético, com consequências diretas sobre o peso corporal. Além disso, apresentam efeitos sobre o tônus vascular, a proliferação celular e a aterogênese, modificando o risco cardiovascular, e influenciam outros fatores determinantes da síndrome metabólica, como os níveis pressóricos, o perfil lipídico e o grau de esteatose e inflamação hepáticas.As adipocinas podem ser ferramentas interessantes para uso clínico. Elas funcionam como biomarcadores de distúrbios metabólicos e ateroscleróticos, possibilitando a identificação precoce de indivíduos de risco cardiovascular aumentado. Além disso, a manipulação dessas substâncias apresenta um potencial terapêutico que não deve ser negligenciado, como já consagrado pela utilização dos inibidores da dipeptidil peptidase 4 para o tratamento do diabetes ou da leptina recombinante para pacientes com deficiência genética dessa adipocina. O uso desta última em pacientes lipodistróficos, bem como a administração de visfatina no momento da reperfusão do miocárdio, com benefícios já comprovados em modelos experimentais, também parecem ser promissores.

Descritores: Adipocinas; Obesidade; Síndrome metabólica; Resistência à insulina.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):54-60

doi:10.12957/rhupe.2014.9806

Biografia do Autor

Amélio Godoy-Matos, Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Ivan Cruz, Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Rafael da Costa, Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Wellington Silva Júnior, Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Serviço de Metabologia. Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2014-03-17

Edição

Seção

Artigos